quinta-feira, 19 de abril de 2012

Tentativas de fuga viram rotina.


Notícias

A má distribuição dos recursos da segurança pública pode estar afetando também a gestão das penitenciárias e cadeias. Apenas nos últimos dez dias, foram registradas seis ocorrências de fugas e tentativas de fuga, além de motins. A superlotação dos presídios, resultado da estagnação na criação de novas vagas, é apontada por especialistas como o estopim para a revolta no sistema carcerário. O Estado tem, atualmente, 15 mil presos além da capacidade - são 43 mil detentos para 28 mil vagas.

Ontem, uma tentativa de resgate de presidiários em Conselheiro Lafaiete, na região Central, mostrou mais uma vez a fragilidade do sistema. Três homens armados conseguiram burlar a segurança e invadir a portaria atirando contra os agentes penitenciários, por volta das 2h. Os funcionários revidaram e acionaram a Polícia Militar.

Antes da chegada dos militares, o grupo fugiu, sem conseguir resgatar nenhum preso. Ninguém ficou ferido. Até as 20h de ontem, os envolvidos no crime ainda não haviam sido localizados. A tentativa frustrada de resgate só fez evidenciar as deficiências do Presídio de Conselheiro Lafaiete, que está, atualmente, com 378 detentos - quase quatro vezes mais que a capacidade, de cem presos. Há dois anos, um presidiário da unidade teria rendido agentes antes de conseguir fugir.

A ocorrência confirma o medo da população de Conselheiro Lafaiete, que reclama dos muros baixos do presídio e da falta de segurança no bairro Angélica, onde fica a unidade. Em março, a reportagem de O TEMPO esteve na cidade e constatou a sensação de insegurança. Em janeiro, três pessoas foram assassinadas.


A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) afirma que, em 2009, fez uma reforma no presídio no valor de R$ 800 mil. Foram construídas guaritas e muralhas e as celas foram reforçadas.

Rebeliões. O conselheiro de Assuntos Penitenciários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Adilson Rocha, alerta que as últimas ocorrências em presídios podem ser o prenúncio de rebeliões. "O Estado precisa ficar atento a essas movimentações, que são indicativos de que os detentos estão insatisfeitos com a superlotação", explicou.

O cientista político Guaracy Mingardi, ex-sub-secretário nacional de Segurança Pública, destaca a falta de controle por parte do Estado, que abandona os bandidos na cadeia. "É preciso haver um acompanhamento, saber quem são os líderes dos presídios e perceber possíveis tentativas de fuga e rebelião", afirmou.

As últimas construções significativas de presídios em Minas Gerais aconteceram em 2009. No ano passado, o governo mineiro investiu R$ 625,8 milhões no sistema prisional, ou 8% do total gasto com segurança pública. De acordo com o Estado, serão investidos R$ 800 milhões no sistema neste ano.
Abuso
Bairro Esplanada. Um policial civil de BH acusa PMs de abuso de poder. O agente teria sofrido retaliação após apreender um jovem em uma festa. O jovem seria parente dos PMs, que teriam aplicado multas no carro do policial.
DUTRA LADEIRA
Dez dias depois, sem pistas de fugitivos
Dez dias se passaram e a polícia não tem pistas dos dez detentos que fugiram do presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana. Dois presos haviam sido recapturados no dia seguinte à fuga. Os 12 internos fugiram por um túnel de 80 cm de diâmetro por 15 m de comprimento, cavado por eles durante 45 dias.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que a Polícia Militar está à frente das buscas. De acordo com o chefe da assessoria de imprensa da PM, major Gilmar Luciano, as fotos e a ficha completa dos foragidos foram divulgadas para todas as unidades operacionais da corporação. "Não temos pistas, mas estamos monitorando as saídas do Estado", disse o major.

Também continua foragido o preso que conseguiu driblar dois policiais civis quando voltava para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar se houve falha na escolta. A Seds também está apurando a participação de agentes penitenciários na fuga do presídio em Ribeirão das Neves. (JS/LC)

Agente penitenciário é mantido refém por uma hora em Areado
Em Areado, no Sul de Minas Gerais, durante um motim de detentos na cadeia local, um agente penitenciário ficou ferido após ser rendido por um grupo de presos. No fim do banho de sol de anteontem, um preso armado com uma faca artesanal dominou o agente. Porém, um outro funcionário da cadeia notou o que estava acontecendo, fechou os portões e pediu reforço à PM.

Após uma hora em poder dos rebelados, o agente foi liberado com um corte superficial no pescoço. Ele foi atendido pelo médico legista da Delegacia de Polícia Civil de Alfenas. O detento que agrediu o agente cumpria pena por roubo a casa lotérica. Ele foi transferido para o presídio de Alfenas, também no Sul do Estado.

Três adultos e um adolescente de 16 anos prestaram depoimentos na delegacia, suspeitos de envolvimento no motim, mas foram liberados por falta de provas. (JS)
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