De acordo com a coordenadora do mutirão carcerário realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em Minas em 2010, juíza Selma Rosane Arruda, a principal causa da superlotação é a morosidade da Justiça. "Nas inspeções realizadas, recebemos inúmeras queixas de pessoas indevidamente presas. Algumas estavam presas sem necessidade há mais de um ano".
Segundo a juíza, o Judiciário mineiro mostrou grande dificuldade na organização dos processos. "O sistema não era capaz de fornecer listagens confiáveis de réus presos e de prazos por vencer. Cerca de 90% dos benefícios eram concedidos atrasados", explicou. Ninguém no Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) falou sobre o assunto.
O ex-presidiário Gregório de Andrade, 38, conta que esperou nove anos para passar para o regime semiaberto, sendo que já poderia ter sido beneficiado após três anos de prisão. "Tem muita gente no sistema que está nesta situação e já podia ter recebido alvará de soltura", afirma. Em liberdade desde 2010, ele trabalha hoje no Instituto Minas Pela Paz, ajudando os presidiários. "A superlotação voltou ao caos. É como uma panela de pressão que pode explodir a qualquer momento", diz Andrade.
Para o sociólogo e pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Luiz Felipe Zilli, falta articulação entre o Judiciário e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). "Não há uma política clara e uma gestão eficaz do sistema prisional. O que se pretende com o aprisionamento descontrolado?", questiona.
Segundo a juíza, o Judiciário mineiro mostrou grande dificuldade na organização dos processos. "O sistema não era capaz de fornecer listagens confiáveis de réus presos e de prazos por vencer. Cerca de 90% dos benefícios eram concedidos atrasados", explicou. Ninguém no Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) falou sobre o assunto.
O ex-presidiário Gregório de Andrade, 38, conta que esperou nove anos para passar para o regime semiaberto, sendo que já poderia ter sido beneficiado após três anos de prisão. "Tem muita gente no sistema que está nesta situação e já podia ter recebido alvará de soltura", afirma. Em liberdade desde 2010, ele trabalha hoje no Instituto Minas Pela Paz, ajudando os presidiários. "A superlotação voltou ao caos. É como uma panela de pressão que pode explodir a qualquer momento", diz Andrade.
Para o sociólogo e pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Luiz Felipe Zilli, falta articulação entre o Judiciário e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). "Não há uma política clara e uma gestão eficaz do sistema prisional. O que se pretende com o aprisionamento descontrolado?", questiona.
Na avaliação do pesquisador e sociólogo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Robson Sávio, é preciso também repensar a política prisional. Ele acredita que aumentar o número de prisões não garantirá a redução da violência "É preciso investir em políticas sociais. O aprisionamento deve ser o último recurso".
Penas alternativas também são uma saída. A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o modelo como uma das melhores práticas para redução da superlotação carcerária. "Experiências de outros países mostram que quanto mais penitenciárias tivermos, mais presos teremos. O presídio é um sistema caro e deficitário, que não recupera ninguém", afirma Zilli. Em 2011, 9.937 pessoas cumpriam penas e medidas alternativas acompanhadas pela Seds, enquanto a população carcerária era de 41.328. O índice de descumprimento desse tipo de pena representa 3% do total.
FOTO: SEDS/DIVULGAÇÃO
Previsão. Obras do novo complexo penitenciário, em Ribeirão das Neves, devem ficar prontas em agosto
DIAMANTINA
Quinze motins em um ano
Em menos de um ano, o presídio de Diamantina, no Alto Jequitinhonha, registrou 15 boletins de ocorrência relativos à motins e brigas dentro da unidade. As revoltas dos presos são resultado da superlotação. Com capacidade para 85 internos, a penitenciária abriga 142.
O diretor geral do presídio, Clarindo de Melo Neto, é investigado pelo Ministério Público Estadual por abuso de poder e improbidade administrativa. A analista técnica judiciária do presídio, Alessandra Cunha, denunciou o diretor por perseguição aos trabalhadores da unidade, favorecimento e promoção pessoal, com aumento de patrimônio pessoal em pouco tempo. Procurado pela reportagem, o diretor não retornou.
Segundo uma fonte que trabalha na unidade e pediu para não ser identificada, quando a Polícia Civil administrava o presídio, até abril do ano passado, não ocorriam tanto problemas. "Hoje faltam material de limpeza, roupas e até talheres no presídio. Os internos precisam pedir para os familiares trazerem as coisas. Uma cela para 20 presos está com 47", disse. Segundo a fonte, o principal problema seria a corrupção dentro do presídio. "Por causa disso, os presos não têm condições mínimas para cumprir a pena". O último motim registrado no presídio aconteceu no início do mês passado. A diretoria teria prometido visita íntima aos presos e não cumpriu.
A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que tem conhecimento do assunto e que já encaminhou as denúncias à Corregedoria da Defesa Social para as apurações. (JS)
Primeira parte de complexo penitenciário sai em agosto
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) garante que uma parte da primeira penitenciária do Brasil resultado de uma Parceria Público-Privada (PPP) será entregue em agosto, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana. A previsão é concluir a primeira das cinco unidades do complexo, com 1.824 vagas.
Até o fim de novembro, mais outras duas unidades (uma para regime fechado e outra para semiaberto) devem estar em funcionamento e, no primeiro semestre de 2013, as últimas duas serão entregues, totalizando 3.040 vagas.
Moradores fizeram várias manifestações contra a construção do quinto presídio na cidade. Quando o complexo estiver pronto, será completamente lotado. (JS).
Até o fim de novembro, mais outras duas unidades (uma para regime fechado e outra para semiaberto) devem estar em funcionamento e, no primeiro semestre de 2013, as últimas duas serão entregues, totalizando 3.040 vagas.
Moradores fizeram várias manifestações contra a construção do quinto presídio na cidade. Quando o complexo estiver pronto, será completamente lotado. (JS).
Guarda Municipal CFOE EsPCEx CAP Polícia Rodoviária Federal Vice-Almirante CPOR-ITA Aspirante Soldado Subtenente
NPOR Contra-Almirante Aeronautica Tropa de Choque C-FCB Cadete Marinha 3º Sargento Capitão-tenente EFOMM 1º Sargento
Aprendiz-marinheiro Major Grumete EV NB Taifeiro 2ª Classe Alto Comando Coronel EAM Exército CFS CPOR Capitão de Fragata Brigadeiro EAOT 2º Sargento Capitão de Corveta Batalhão Estado Maior AMAN Sociedade Policial Polícia Ferroviária
1º Tenente Escola Naval Estagiário 2º Tenente Capitão de Mar e Guerra Aluno Militar EAOF AFA Suboficial General de Brigada
Marinheiro e Soldado Fuzileiro Naval Corporação Colégio Naval EPCAR Aspirante-a-Oficial Cabo Marinheiro Recruta C-FSG-MU-CFN
Soldado 2ª Classe Taifeiro 1ª Classe Major-Brigadeiro do Ar Taifero-mor EEAR Soldado 1ª Classe Recruta Fuzileiro Naval Soldado IME Policial Ferroviário Polícia Civil General de Divisão Guarda-Marinha Capitão Alto Escalão Tenente-coronel Polícia Federal
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