segunda-feira, 9 de abril de 2012

Polícia procura provas para indiciar suspeitos de crime após rave em MG Jovem foi encontrado morto no dia 18 de março, em Uberaba. Delegado disse que tem informações sobre suspeitos do assassinato.


A Polícia Civil de Uberaba tem informações sobre os suspeitos de matar um jovem de 28 anos, no dia 18 de março, que saía de uma festa rave itinerante famosa em todo o país, em Uberaba. O delegado Édson Moraes, responsável pela investigação, afirmou que a polícia procura indícios que comprovem a participação de algumas pessoas no crime.
O corpo da vítima foi encontrado na manhã do dia 18, às margens da BR-050. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atendeu a ocorrência e informou que o jovem saiu da festa que ocorreu em um salão de eventos próximo à rodovia.
Édson Moraes explicou que não conseguiu pessoas para testemunhar contra os supostos autores do crime. “Como os suspeitos são pessoas consideradas perigosas ninguém quer falar nada que possa incriminá-los e sofrer algum tipo de retaliação”, afirmou.
O delegado disse que mais de dez pessoas já foram ouvidas e todas elas confirmaram que a vítima estava alterada e brigou na festa. “As testemunhas foram unânimes em dizer que ele aparentava sintomas de embriaguez e a todo o momento gritava que era bandido”, revelou Moraes.
Apesar de confirmar que a vítima se envolveu em várias confusões durante a rave, o delegado não garantiu que os desentendimentos foram a motivação do assassinato do jovem. “Estamos trabalhando na linha de que a vítima foi executada por desavenças anteriores”, ressaltou. Ainda segundo Moraes, a vítima tinha passagens por furto, roubo e receptação. “Ele também era considerado uma pessoa perigosa no meio policial”, disse.
Fiscalização
O delegado explicou que para conter o uso de drogas dentro das festas é necessária uma investigação mais apurada. Porém, ele justificou que a falta de policiais impossibilita atender a mais esta demanda. ”Sabemos que há circulação de drogas nestas festas, mas precisaríamos de uma equipe maior para fazer este trabalho sem comprometer a nossa demanda diária”, explicou.
A chefe da assessoria de comunicação organizacional da Polícia Militar de Uberaba, Rosa de Fátima Correa, ressaltou que para realizar o policiamento dentro das festas, a organização precisa solicitar a presença da polícia e pagar uma taxa de segurança.
Do lado de fora, no entanto, a PM sempre realiza o patrulhamento, segundo Rosa. “Sempre vão muitos militares em raves e calouradas, pois precisam mais de segurança. Quando a gente percebe o uso de drogas, apreendemos e damos voz de prisão ao suspeito”, concluiu.
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