segunda-feira, 19 de março de 2012

Cerca de 80% dos desaparecidos em Minas são encontrados

O trabalho minucioso que investigadores, escrivães e delegados da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) realizam ao receber um registro de queixa de desaparecimento, é comprovado por meio do número positivo de pessoas localizadas.

De 2006 até o início desse ano, já foram esclarecidos 9.554 casos, cerca de 80% dos 12.173 notificados em todo o Estado. Somente em 2011 foram registrados 2.858 desaparecimentos, mas o número de casos solucionados foi superior, contabilizando 2.881.

De acordo com a delegada Cristina Coelli, chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, os números positivos se devem à somatória dos esforços de todos os setores da unidade no atendimento investigativo e psicossocial, além dos convênios firmados com os meios de comunicação e outras instituições governamentais e não governamentais que ajudam na divulgação dos casos. "A soma desses esforços, inclusive com a colaboração da sociedade com informações sobre os casos, geram resultados satisfatórios", explica.

Segundo a delegada são inúmeros os motivos que levam ao desaparecimento de uma pessoa. O caso mais comum é o conflito familiar, podendo ser por circunstância criminosa ou social. Um exemplo é a fuga de adolescentes que brigam com os pais, geralmente devido a um namoro não aceito pela família. Em 2011 o número de pessoas desaparecidas com idade entre 12 e 17 anos foi maior que em 2010.

Só em 2011 foram registrados 996 desaparecidos, sendo que em 2010 o total de registros chegou a 819. Mas o número de casos solucionados também aumentou de um ano para o outro. Em 2010 foram 689. Já em 2011 o número subiu para 970 pessoas localizadas.

Outros motivos de desaparecimento são o envolvimento com drogas, subtração de incapaz, homicídio, ou pessoas com debilidade mental, que acabam se perdendo e não conseguem voltar para casa.  A parceria da Polícia Civil com o Serviço Voluntário de Assistência Social (SERVAS), durante a campanha Volta, lançada em junho de 2006, alavancou a localização de pessoas desaparecidas.

  Junto com a campanha foi criado o Sistema de Comunicação e Cadastro de Pessoas Desaparecidas no Estado, que reúne nomes, fotos, dados pessoais, informações sobre os locais dos desaparecimentos e o contato de familiares.  Duas ferramentas fundamentais do sistema são: a linha telefônica, com ligação gratuita (            0800 28 28 197      ) para notificação do desaparecimento de pessoa e o site exclusivo para divulgação e troca de informações (www.desapercidos.mg.gov.br), atualizado diariamente.

Registro:

Para que o desaparecido possa ser localizado é necessário registrar primeiramente um boletim de ocorrência em uma unidade da Polícia Civil ou da Polícia Militar. Na capital, o registro pode ser feito diretamente na Divisão de Referência de Pessoa Desaparecida ou na delegacia mais próxima. Uma vez feita a queixa, o RG do desaparecido será bloqueado nos terminais de identificação. No caso do indivíduo tirar segunda via, se envolver em acidente ou apresentar o documento à polícia, o terminal acusará que ele se encontra como desaparecido. É importante que a família leve uma foto do desaparecido para ajudar nas buscas e, caso a família aceite, é feita a divulgação dessa foto.  Quando a família chega à delegacia com a foto e as características do desaparecido, ela é ouvida pelo Núcleo de Psicologia e Serviço Social (NUPS) e pela equipe da Divisão. O objetivo é colher informações que possam ajudar a esclarecer as causas do desaparecimento. Também são feitas buscas no sistema da Polícia Civil, onde é possível saber se a pessoa teve passagens na polícia ou se está presa. Os registros do IML são examinados através de um sistema que possibilita a verificação de corpos que não foram identificados.

Mais de 20 anos de história:

Criada há mais de 20 anos, a Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) foi uma das primeiras delegacias no país especializada em desaparecimento de pessoas.

Na época de sua criação, foi intitulada Delegacia-Adjunta de Capturas e de Localização de Pessoas Desaparecidas, subordinada à Delegacia Especializada de Vigilância Geral. Como o trabalho de busca às pessoas desaparecidas se desenvolveu, a Delegacia-Adjunta transformou-se em Delegacia Especializada e, posteriormente, em Divisão. Atualmente ela é subordinada ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de Minas Gerais (DIHPP). A Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida fica na Avenida Antônio Carlos, 901, São Cristóvão, Belo Horizonte. O telefone para contato é 0800-2828197       e o horário de funcionamento é de 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Fique sabendo:

O desaparecimento de pessoas é um fenômeno mundial. É a ausência da pessoa, constatada em face do seu hábito cotidiano ou extravio, considerando a idade ou a capacidade mental do indivíduo. Não há prazo para a sua caracterização.  O registro do evento é imediato após a sua ocorrência, havendo prioridade para busca de crianças, adolescentes e pessoas com deficiência, conforme disposto na lei estadual 11.259/2005, conhecida como "Lei da Busca Imediata".

Criança e adolescente:

 A Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida é realizada anualmente no Brasil, de 25 a 31 de março. Durante esse período são ampliadas as ações estratégicas de mobilização da sociedade em prol da proteção e localização de crianças e adolescentes e o direito à convivência familiar e comunitária.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais

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